
Hoje, venho dar-vos conhecimento da minha reunião, no âmbito da Freguesia Aberta, que efectuei com a população dos Lentiscais, acompanhado pelos meus camaradas Aline Baião e Rui Costa, no dia 20 de Dezembro, e cuja preparação já vos relatei num texto que se encontra, também aqui, intitulado
“Também há gente para lá da Sapateira…”Foi numa quarta-feira, marcavam 20,30 horas nos ponteiros dos relógios pendurados nas paredes do Salão Polivalente do Centro Social, quando entramos.
Estávamos expectantes. Comentamos, pelo caminho, que provavelmente não teríamos grande participação na reunião, visto ser uma anexa em que o ex-Presidente da Junta, Sr. Clemente Mouro, deu grande atenção durante os seus largos mandatos (era a sua obrigação), com pouca população, e o Bloco de Esquerda era uma força nova na Freguesia saída das últimas eleições Autárquicas, sem trabalho concreto no terreno.
Mas, acreditávamos, que as pessoas queriam saber ao que vínhamos, pois, certamente, não era prática política que passado o período eleitoral, algum partido ou algum seu representante se preocupasse, com o que quer que fosse, com esta anexa e com as pessoas que cá vivem, vindo fazer uma reunião para as ouvir de viva voz.
O inesperado aconteceu. Um salão, humanamente bem composto, esperava-nos (cerca de 30 pessoas). Reparei, que eram de diversas idades, pois já se encontravam na povoação muitos jovens estudantes, passando as suas férias de Natal com os familiares.
Iniciei a reunião, fazendo uma pequena apresentação pessoal, seguida da justificação do porquê da mesma ser hoje aqui, e qual seria o seu aproveitamento futuro, pois queremos dar voz a quem não tem voz, através das minhas intervenções na Assembleia de Freguesia.
Distribuímos, seguidamente, um pequeno questionário, que serviria para fazermos uma avaliação das situações que mais poderiam preocupar as pessoas e seria uma ponte para início de conversa.
Assim, depois de uma ligeira pausa para preenchimento dos questionários e recolha dos mesmos, verificamos que a primeira preocupação dos presentes se prendia com a problemática dos transportes públicos.
Várias intervenções se seguiram, mas todas elas foram unânimes em concluírem que os horários actuais dos transportes públicos, não serviam os interesses da população.
Existem três horários da saída dos autocarros:
- 6,55 horas – Todos os dias da semana, excepto Sábados e Domingos
- 7,40 horas – Só durante o tempo de aulas
- 8,55 horas – Segundas-Feiras e no tempo de aulas
Algumas interrogações e sugestões ficaram no ar:
- O autocarro das 7,40 horas, não vai à Escola Secundária Amato Lusitano, sem se saber qual a razão, pois no regresso faz esse percurso;
- Os autocarros nem sempre são cómodos e já não é a primeira vez que chove no seu interior;
- Para servir os interesses da população, especialmente dos que trabalham em Castelo Branco, o autocarro das 7,40 horas deverá manter este horário todo o ano e de Segunda-Feira a Sábado inclusive.
A segunda problemática, tinha a ver com a falta de contentores para lixo nas ruas da localidade:
- São insuficientes, pelo que se deverá fazer uma maior distribuição de contentores para lixo nas ruas da localidade e algumas papeleiras, pelo menos, na rua principal;
- Ser efectuada três vezes por semana (2ªs., 4ªs. e 6ªs.) e completa, o que não se verifica actualmente, pois é efectuada duas vezes por semana e de forma incompleta.
Outros problemas foram discutidos, tendo-se chegado à conclusão que os mais prementes eram os seguintes:
- O Médico que faz serviço nas Quintas-Feiras, deverá ser acompanhado por um enfermeiro para pequenos tratamentos e apoio profiláctico;
- Colocação de uma cabine telefónica pública em local central da localidade;
- Colocação de um Multibanco, provavelmente ligado ao Centro Social;
- Colocação de raids de protecção na estrada que liga Alfrivida aos Lentiscais, bem como a respectiva sinalização horizontal e vertical nesta e na outra de acesso à anexa;
- Colocação de uma placa de indicação dos Lentiscais, na rotunda na cidade de Castelo Branco;
- Arranjo dos caminhos rurais;
- Arranjo de algumas ligações das ruas às habitações das pessoas, pois com o calcetamento das mesmas, as águas pluviais invadem e fazem autênticos lagos junto às entradas;
- Tapar com alcatrão o buraco da estrada principal a seguir à Igreja, aberto com a colocação do saneamento e que se encontra há muito tempo para resolver;
- Criar um posto de Internet no salão do Centro Social, para pôr os jovens e não só, em contacto com as novas tecnologias da comunicação.
Depois de 4 horas de diálogo em que foram aflorados, de uma forma directa, os problemas que afectam os Lentiscais e as suas gentes, saímos mais enriquecidos, mais motivados, na certeza que estamos no bom caminho.
É este o percurso que devemos continuar a trilhar, para honrar o que prometemos, contactar e ouvir as pessoas, estarmos mais perto delas, para fazer melhor E NÓS QUEREMOS FAZER MELHOR. ... Leia Mais! ...