quinta-feira, julho 20, 2006

Circuito de manutenção da Feiteira

Já tinha neste espaço, em Janeiro, (ver arquivo), levantado o problema do Circuito de Manutenção da Feiteira, através de um texto e algumas fotografias, em que dava a conhecer o estado de degradação e abandono total em que se encontrava o único Circuito de Manutenção público da Cidade, manifestando a minha indignação e preocupação pela situação.
Como a última Entidade que fez a sua recuperação, há doze anos atrás (1994), tinha sido a Junta de Freguesia, resolvi levar este assunto ao Plenário da Assembleia de Freguesia do dia 22 de Junho.
Feita a minha exposição, não foi por nenhum dos Partidos com representação naquele Órgão (PS, PSD e CDU), manifestada qualquer preocupação por este problema. Os jornais também não deram relevo ao assunto na cobertura que fizeram da Assembleia.
O Presidente da Junta de Freguesia, no período reservado à sua intervenção, foi o único a dispensar alguns escassos segundos ao tema, respondendo-me, em tom irónico – que eu já há algum tempo não dava uma corridinha por aqueles lados, pois as obras de recuperação tinham começado umas semanas atrás.
Reconheço, que já não passo pelo Circuito de Manutenção há alguns meses, pois a falta de ligação do mesmo à Cidade, quer através de um ciclovia ou pedovia quer pelo seu estado de degradação, desmotivam-me ou a qualquer utilizador de espaços públicos para manutenção física.
Fiquei admirado, pois passados 12 anos!, sem mais nem menos, entenderem que o espaço merecia alguma preocupação, o que me deixou expectante, pelo que teria de me deslocar rapidamente ao local para constatar in loco que obras estariam a decorrer.
Assim fiz, verificando que já foram colocados novos obstáculos e afixadas as placas de orientação (ainda sem nada escrito!) bem como feitas pequenas correcções no piso do percurso da pista.
Parece-me existir uma falta de convicção e orientação no que se está a fazer, correndo-se o risco do investimento já feito, madeira tratada para os obstáculos e placas de orientação em todo o Circuito, que orçaram em 18 000,00 €, ficarem ao abandono pela falta de consistência do projecto.
Defendemos uma intervenção rápida e profunda naquela zona, criando um verdadeiro pulmão verde e uma zona de lazer pública, que cative os Albicastrenses a aí se deslocarem, não só pelo Circuito de Manutenção, mas também por outras actividades que poderão ser criadas pelas condições naturais do espaço, por exemplo: a barragem que lá existe e que mantém um bom nível de água poderá ser limpa e repovoada de várias espécies piscícolas propiciando uma zona de pesca desportiva. O acidentado e o espaço livre existente, reúnem as condições para a construção de uma pista de BTT, bem como o aparecimento de um Parque de Merendas e um Parque Infantil, tudo isto passando pela plantação de mais árvores e verde.
Podem ficar descansados os Senhores do poder Autárquico cá do Burgo, que não iremos descurar mais este assunto. Estaremos atentos e vigilantes, acompanhando a par e passo tudo o que aqui se fizer, e se for caso disso, denunciaremos publicamente e nos Órgãos onde estamos, qualquer situação menos clara.

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terça-feira, julho 18, 2006

Reflexão semanal

“…400 famílias que dependem da fábrica da General Motors da Azambuja para sobreviver, vêem um futuro negro à sua espera no prazo de poucos meses…23 jogadores, todos eles com ordenados mensais que andarão entre os dez mil e os oitenta mil contos, poderão sentir, no entender da Federação, que o País os traiu porque as Finanças não farão “vista grossa” aos 10 mil contos que vão receber como prémio de jogo…ter um bom salário não é crime – embora nalguns casos devesse sê-lo…mas este amuo por o Estado cobrar imposto sobre aquele rendimento – que para eles representa pouco mais do que uma boa jantarada com os amigos – já não é falta de solidariedade. É falta de vergonha…levantar a questão miserável do IRS é um sinal que os 23 não conhecem o País que representaram e que os apoiou…”

Jornal “Tal e Qual” – 14/07/2006
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terça-feira, julho 11, 2006

Ideias para requalificar ex-Parque Infantil

O Presidente do Município de Castelo Branco, Joaquim Morão, na resposta ao requerimento que lhe apresentamos sobre várias questões da Urbanização da Quinta Dr. Beirão, propõe-nos que apresentemos alguma sugestão para ocupar o espaço do ex-Parque Infantil, situado ao lado do túnel que liga à Urbanização do Socorro.
Assim, propomos a todos os utentes deste blog que participem com alguma ideia que acharem interessante para requalificar aquela zona que se encontra totalmente abandonada. Vamos criar opinião!
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DEMOCRATIZAR A DEMOCRACIA !!

Como se previa a Assembleia de Freguesia do passado dia 22 de Junho, não foi mais do que a negação do que deverá ser a Democracia e a sua aplicação prática num Órgão que ela própria gerou, constatando-se que nem é um ponto de chegada nem um ponto de partida, mas sim um estado de coisas que não funcionam e onde a maioria leva sempre a melhor sobre a minoria.
Começamos pela arbitrariedade e falsa equidade, que o Senhor Presidente da Assembleia de Freguesia pôs em prática na distribuição do tempo de intervenção correspondente a cada membro da Assembleia, no Período de Antes da Ordem do Dia, definindo-o a seu belo prazer, sem critério ou justificação (o Regimento prevê a duração máxima deste ponto por sessenta minutos) pois, desde a primeira Assembleia, o tempo varia e decresce, condicionando as intervenções, especialmente as dos Partidos que só têm um representante, como é o caso do Bloco de Esquerda, em detrimento dos Partidos com maior representatividade, os quais se dão ao despudor vergonhoso e oportunista de intervirem todos (PSD) ou quase todos (PS), falando, inclusivé, de política Nacional ou repetindo o que o Presidente da Junta disse ou irá dizer a seguir.
Fui interrompido várias vezes durante a minha intervenção, com a “ameaça” que tinha de terminar, pois só me foram concedidos três escassos minutos, sendo sujeito a uma “marcação individual e temporal” por parte do Senhor Presidente da Assembleia, o que me obrigou a não apresentar todas as questões que tinha preparadas.
Assim, não respondi como desejava e me competia, à Jornalista Cristina Mota Saraiva, pelo comentário que produziu no Jornal “Reconquista” de 5 de Maio, que entendi abusivo e condicionador da Assembleia e dos seus Membros, e que me parecia merecedor da resposta que tinha preparada: “…sou defensor da liberdade de expressão. Mas é precisamente em nome dela que me arrogo no direito de discordar do título daquele comentário pois, se certos partidos políticos se limitam a apresentar nesta tribuna autênticos tratados de política Nacional, sem se focalizarem nos problemas concretos da Cidade e dos Albicastrenses, outros há, onde me incluo e, naturalmente, o Bloco de Esquerda, que falam, falam, mas julgamos nós, modestamente, dos problemas que verdadeiramente interessam à população que todos representamos nesta Assembleia de Freguesia. Assim, termino fazendo votos que da próxima vez o rigor jornalístico saiba separar o”trigo do joio”…”.
No tempo em que me deixaram falar, voltei a apresentar uma proposta para a descentralização da próxima reunião da Assembleia, a qual propus que fosse na anexa da Taberna Seca, mas mais uma vez foi rejeitada com os votos contra da maioria do Partido Socialista (8) e a abstenção do Partido Social Democrata (5), o qual se pauta por uma actuação ambígua, pois defende, noutros Concelhos e Freguesias a descentralização das reuniões, evocando, “… a necessidade de proximidade e da representatividade ao máximo…”(sic). Quanto ao Partido Socialista, não há muito para dizer, pois continua a enganar os Cidadãos quando o Presidente da Junta apregoa em campanha eleitoral que “…não é seu desejo levar a cabo uma gestão fechada e sectária…”, mas é o que tem feito na sua actuação pós-eleitoral.
Queria, finalmente, comentar o procedimento caricato do Presidente da Assembleia, quando apresentei esta proposta pois, com um tom aborrecido e de quem esta ali a fazer um grande frete (esta mania de colocar Senhores Doutores a presidir aos Órgãos, não passa mais de um “fetiche” que os partidos políticos interiorizaram! O importante não seria termos pessoas isentas e competentes, independentemente, de habilitações literárias?) ripostou que a descentralização das reuniões era da responsabilidade da Mesa e que eu mais uma vez insistia em propostas que regimentarmente não me competiam.
Rebati, esclarecendo o Senhor Presidente que o Regimento que invocava já não estava em vigor e que, na edição revista e aprovada na Assembleia anterior, existia um artigo (alteração proposta pelo Bloco de Esquerda!) que me permitia apresentar propostas nesse âmbito.
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