
É preciso acabar de vez com os julgamentos, as perseguições e a humilhação de que têm sido submetidas tantas mulheres neste País.
País que tem uma legislação restritiva comparando com os outros Países da Europa, que leva mulheres a tribunal por terem interrompido uma gravidez, sujeitando-as a uma pena que pode ir até 3 anos de prisão.
A realização de abortos clandestinos fora da segurança dos estabelecimentos de saúde retira à mulher o direito a uma decisão reflectida e acompanhada, colocando em perigo a sua saúde física e psicológica, conduzindo em muitos casos à sua morte. É um flagelo que afecta em particular jovens e adolescentes.
A Conferência Mundial das Nações Unidas sobre as mulheres afirmou, já em 1995, com clareza que “…o aborto em condições precárias põem em perigo a vida de um grande número de mulheres e representa um grave problema de saúde pública, dado que são as mulheres mais pobres e as jovens que correm mais riscos…”. São, pois, estas as mulheres e jovens que são empurradas para as redes de aborto clandestino sem condições e para o aborto auto-infligido, uma vez que não têm possibilidade de recorrer a intervenções em segurança no estrangeiro.
Dia 11 de Fevereiro a pergunta que vai ser colocada a referendo a todos os Portugueses e Portuguesas é a seguinte:
“Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?”
É pois perante esta pergunta que não hesitaremos em dizer SIM.
Temos de vencer o conservadorismo que existe na nossa sociedade.
Temos de nos empenhar activamente nos movimentos cívicos pelo SIM, fazendo uma campanha contra a indiferença e a intimidação.
Vamos todos votar com convicção SIM, pela despenalização da interrupção voluntária da gravidez.
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