Reflexão semanal
"...O Cine-Teatro tem tido muitíssimas actividades, o que noto é que as pessoas não se apercebem disso e se isso acontece, é porque há falta de comunicação. Penso que é aqui que estará o problema...faltará, reconheço, alguma divulgação para o exterior daquilo que está a ser feito..." Joaquim Morão in Gazeta do Interior 8/03/2006
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15 Commentários:
A minha opinião é esta: o Cine-Teatro Avenida está abandonado! O dinheiro gasto com a sua reconstrução e nos espectáculos já realizados foi desaproveitado por falta de uma visão para o sector cultural.
Gerar valor, em cultura, é um processo dinâmico que exige consistência e inovação.
Nenhum destes elementos se encontra presente na acção autárquica.
Soluções?
O básico: uma direcção artística/programador (a) para as salas na dependência da CMCB; um orçamento; uma Missão devidamente substanciada em objectivos; prestação de contas/avaliação cada 6 meses.
Para começar não seria mau...
Muito bem !
O stalker está no ponto.
Avança com algumas soluções e eu, solidário, acrescentaria outra componente, de certo modo neglicenciada pelo poder autárquico: a forma.
Partindo do pressuposto que a direcção existe, que se reflectem os conteúdos ( necessáriamente diversificados ) a qualidade da distribuição, é fundamental.
Já alguma vez se debateu as ??????? de algumas manifestações que tiveram casa cheia e outras, de enormíssima qualidade, que estiveram às moscas ?
A distribuição devia passar pelas escolas, pelas associações de bairro, clubes e apresentações de rua.
E não deve ser de uma forma " temos de " mas sim com grande proactividade e o sentido muito apurado de que TODOS OS CIDADÃOS devem ter acesso.
Não se deve impingir, mas sim estimular o desejo de usufruir, para poder escolher.
O valor do voto é igual.
Porque é que uns, pela sua capacidade económica ou facilidade de acesso à informação, podem ... e outros ...
O desenvolvimento sustentado também passa por aqui!
mp,
A questão da comunicação, na minha óptica, tem de ser encarada numa perspectiva de marketing e de criação de uma relação próxima da marca.
Uma sala de espectáculos pode prometer e concretizar muita coisa. Por isso é que há linhas programáticas diferentes. Mas o que não pode acontecer é a criação de espectativas (pela recuperação ou construção de um espaço, pela organização de espectáculos) que assumem o carácter de promessa que, depois, não é cumprida.
Ou seja, as dimensões da comunicação da imagem de um espaço cultural são múltiplas e deverão convergir na ideia de criar e desenvolver/melhorar uma relação com os públicos, sejam eles quais forem.
Parece-me óbvio que não há, da parte da autarquia, uma visão que aponte este horizonte.
Mas já que falamos sobre espaços culturais, gostava de saber (acho que ninguém sabe...portanto estarei no domínio da retórica) qual é o plano para a nova Biblioteca.
...não quero parecer pessimista, ou mesmo desligado em relação a este tema tão importante, essencial e tão actual neste nosso cantinho, no "interior plantado"..não quero entrar em demagogia com a palavra "interior", pois, temos exemplos bem próximos de nós, em que , pelo facto de esses exemplos estarem no interior do País (Idanha -a -Nova,Portalegre, Vila Real,Lamego, etc..),não abdicam de terem um cartaz cultural preenchido e de qualidade.
Nós, por cá, temos a proporcionalidade daquilo que os nossos pseudo-autarcas nos tentam impingir...não há uma planificação, uma programação anual,..não há uma política de "merchandising" das actividades e..há um vazio de ideias por parte de quem poderia dinamizar as actividades.
Eu, pessoalmente, já começo a ficar cansado desta apatia/desinteresse da autarquia, assim como das entidades que poderiam promover espectáculos nesta nossa cidade.
O IPCB, tem sido aquele, que tem feito algo por C.Branco neste domínio, e a CMCB, tem ficado acomodada ao trabalho que o IPCB tem realizado.
Temos aquilo, que a maioria dos Albicastrenses escolheram...uma autarquia do PS..e que, tem faltado sistemáticamente ao que foi dito e afirmado na campanha eleitoral....
Kaiser
Kaiser,
Nestes assuntos sempre melindrosos do falar sobre quem rema contra a maré, temos de ter um cuidado extremo.
Eu vejo, por exemplo, entidades como o Conservatório local (inúmeros concertos promovidos), o MusicAlbi com o seu Festival anual, a Alma Azul que é uma empresa/editora que está sempre "em contacto" com o meio, o Váatão que tem feito um grande esforço para evoluir e estabelecer-se como referência, Belgais que, à sua maneira, cria uma dinâmica com efeitos no concelho, um Festival promovido pela Quarta Parede, o Y, que trouxe espectáculos magníficos sobretudo ao Cine-Teatro Avenida e as novas Associações, como o grupo de teatro Câes à Solta, o Alcacine, os veteranos "A Carroça" e a "Arco da Velha". E aqui lá estarei a ser injusto em alguma medida...
Mas gostava de lhe dar, também, a minha opinião sobre qual é o exemplo, aqui bem próximo, de uma aposta séria neste domínio. Trata-se da Guarda e do Teatro Municipal. É bom estar atento ao que se passa lá.
Finalmente, entendo-o perfeitamente quando fala em cansaço. A quem o diz.
É preciso paciência, muita paciência..., para acolher tanta critíca.
Há coisas que se adquirem, outras que são inatas, mas compete a cada um a forma como quer levar e andar na vida...Ontem:"Castelo Branco não tem nada...". Hoje "Castelo Branco tem alguma coisa...", mas de que serve? É como dar pérolas a porcos...as pessoas não aproveitam e a culpa é dos autarcas, sinceramente...! O que dá vida aos espaços são as pessoas, e quando elas não sentem nada, não as podemos obrigar. Porque e há algumas que sabem o que há e onde. As outras francamente terão outros interesses e por isso lhes passa ao lado.
Meus caros, enquanto a mulher do vizinho for melhor que a vossa não vão a lado nenhum, mas se olharem com atenção para a vossa talvez vejam inúmeras qualidades antes nunca vistas.
Caro Anónimo,
É preciso paciência para acolher crítica? Então, qual a solução? Calar os críticos? Ficar quietinho à espera que as coisas mudem por geração expontânea?
E basta ir ao Arquivo Distrital e ver a pequena mostra de folhetos de espectáculos para perceber que "Ontem não havia nada" é uma falácia. Tal como "Hoje Castelo Branco tem alguma coisa" não faz sentido. E porquê? Porque o que tem está longe de contentar os públicos. Porque, nunca será demais repetir, temos infraestruturas que estão abandonadas à sua sorte. Qual é o pessoal técnico ligado ao Cine-Teatro Avenida? Acha digna a temperatura ambiente do Museu do Canteiro? Que programação temos na cidade e em Alcains?
As pessoas não aproveitam? Já assisti a imensos espectáculos completamente esgotados no Cine-Teatro (Maria João e Mário Laginha em duas ocasiões, Egberto Gismonti!!!, Gaiteiros de Lisboa, Mariza, Bailado Quebra Nozes, só para citar alguns) e se não aproveitam mais é preciso encontrar estratégias que as levem a criar uma relação com o espaço. Acha que é com o actual abandono (e esta palavra não me parece, honestamente, exagerada) que lá vamos? Ou será que estou equivocado? Já reparou qual tem sido a utilização (falo de programação) do Cine-Teatro nos últimos meses? Ou o dinheiro que foi gasto na sua recuperação e na programação anterior (sim, já teve algo que se aproximava de uma programação!!!) pode ser simplesmente ignorado ou esquecido?
O que dá vida aos espaços são as pessoas, concordo. Por isso mesmo é preciso criar as condições para que elas tenham opções: programação, informação, desejo, satisfação, consolidação da relação, satisfação outra vez, inovação, mais desejo, mais satisfação e assim por diante. Desculpe a repetição, acha que é com a estratégia (??) actual que lá vamos?
Para terminar, não aceito a tirada moralista final, a da mulher do vizinho. Por duas razões: sou frequentador assíduo da nossa vida cultural e, na medida do possível, ajudo-a de todas as formas que estão ao meu alcance.
....pelo raciocínio do "anónimo", os eventos culturais são q.b.e ...a mulher do vizinho "não é melhor que a minha"..e sabe porquê??..Porque AMO a Mulher que está comigo.
Como Albicastrense,e como interessado na dinamização da cultura na nossa cidade, afirmo que...estamos muito longe de ter cultura e actividades culturais que envolvam toda a comunidade.
ah..ainda não compreendi o sentido da expressão "dar pérolas a porcos"..
Quem são os Porcos???
O que são as pérolas??
....................
kaiser
Boa, isto está animado e reflecte o sentir de alguns.
A exposição das ideias, por vezes (alguns disfarçam bem ) denuncia a forma como encaram os outros: o valor do voto dos ditos ( não repito a palavra ) "obriga-nos" a gastar algum na cultura.
Pensamento minúsculo.
Estes, os iluminados pelo poder, não entendem que a descoberta dos novos caminhos, a sementeira para colher mais tarde, envolve mentes abertas, que aceitem a diferença, que reflictam os espaços culturais na sua diversidade.
São o poder ignorante que rejeita a mudança.
Que usa fórmulas gastas,que não estimulam a criatividade.
Que se fecha na sua concha e não admite a liberdade do pensamento para ajudar a construir o futuro.
Que querem conquistar o centro do mundo no Barbaído ...
Querem exemplos:
" É como dar pérolas a porcos...as pessoas não aproveitam e a culpa é dos autarcas, sinceramente...! O que dá vida aos espaços são as pessoas, e quando elas não sentem nada, não as podemos obrigar. Porque e há algumas que sabem o que há e onde. As outras francamente terão outros interesses e por isso lhes passa ao lado."
QUE GRANDE SACO DE PÉROLAS !
É preciso paciência, muita paciência ...
Nada é perfeito, nunca está tudo bem, mas está melhor, e há que aproveitar o que temos, da melhor forma possível.Assim como e, (é o seu caso Stalker) tem sabido aproveitar o que já existe, só prova que é um dos que sabem onde e quando, e volto a repetir que são muito poucos ainda nesta terra.
Concordo plenamente que têm que se fazer inúmeras transformações no que respeita a eventos culturais, assim como as suas condições de acolhimento, mas desacordo totalmente no que respeita há divulgação, essa existe,e se para alguns passa despercebida é porque o interesse é nulo.
Acho que presentemente há situações, mais urgentes a ser tratadas.
A "mulher do vizinho" meu caro é que deve valorizar mais a sua terra construtivamente. Apresentando projectos do que devia ser e como, e não ALI é melhor. Começando por dar ideias e não estar constantemente a criticar o que está feito.
Ou acham que os autarcas sabem tudo?
Se têm soluções apresentem-nas quem sabe não são aceites.
Marquem pois a diferença.
"Pérolas a porcos" não ofende assim tanto na medida em que muitos dos espetáculos e outros eventos que passam na cidade,de qualidade, simplesmente não têm valor para a maioria das pessoas
e por isso a sua ausência.
Sou observadora do que se passa há minha volta, não sou política, nem me meto nisso, mas que polémica?
O cantinho é só vosso?
Quem sabe, no Barbaído possam aprender algo. Ou já sabem tudo?
Eu, aprendo todos os dias.
E mais fico extremamente triste, quando num espectáculo ou espectáculos vejo meia dúzia de pessoas e ao virar da esquina os bares estão lotados, esses não precisam de divulgação.
Meia dúzia de foguetes. Dia da Cidade.A maior parte da população nem sabe porquê.
A minha revolta é em grande parte devida à falta de acção da vossa parte,em vez de um espaço destes, que nem todos têm acesso porque não uma publicação, com soluções viáveis às vossas criticas. Palavras só não chegam e todos estamos fartos, é preciso acção. Aliás o que temem? eles (governantes) são meia dúzia por assim dizer e vós sois tantos, do que estão há espera? que sejam os vossos filhos a fazer a mudança?
Tanta inteligência em vão....
Humildade meus caros e em frente, caso contrário não saímos da cepa torta.
O povo anseia alegria, descontracção, e decerto vos acompanha na vossa luta.
Temos artistas: músicos, plásticos, etc...,ora os ingredientes não faltam, falta é a organização, sabendo como o fazer de que estão há espera?
Tenho a certeza que até os autarcas vos iriam aplaudir.
Será chuva, será gente
GENTE não é certamente
e a chuva não bate assim ...
1ª memória
Pátio das cantigas, com um momento histórico do grande ANTÓNIO SILVA
2ª memória
Só sei que nada sei.
3ª memória
Para não fazeres ofensas
e teres dias felizes,
não digas tudo o que pensas,
mas pensa tudo o que dizes
4ª memória
Anónimo das 10:47 do dia da Poesia e da Árvore,
"A minha revolta é em grande parte devida à falta de acção da vossa parte".
A acção é o meu lema, sempre foi, mas a minha percepção é a de que o que está aqui a ser discutido não é a capacidade de agentes individuais ou colectivos tomarem a iniciativa. A discussão tem um enfoque claro numa política cultural pública, neste caso autárquica. São questionadas opções ou ausência delas e o facto da discussão ter lugar neste espaço é apenas um detalhe.
"O povo anseia alegria, descontracção, e decerto vos acompanha na vossa luta."
Pois é, pois é ...
E quem são os nós e os vós ?
De um lado os autarcas e os seus lambe-botas, os seus apaniguados hibridos, sem pensamento próprio ...
Do outro os vós, os que estão no meio deste turbilhão, que questionam, que convivem com as dúvidas, mas que percebem a solidão do vazio de muitos, que nunca dizem " a vida é assim" porque não querem desistir, nem estar acomodados ao horário de um dia-a-dia sem sentido.
Não há decertos!
Os "impecáveis" também se zangam...
" Ex Membro da mesa nacional (MN) e cabeça de lista em Cascais nas eleições autárquicas de 2001, José Casquilho protagonizou o mais recente abandono do Bloco de Esquerda, ao desvincular-se, em Fevereiro último, do partido, na sequência de divergências sucessivas com a cúpula do partido (...).
Em declaração ao Público, José Casquilho, doutorado em Engenharia Florestal, explicou que o facto de defender a utilização da energia nuclear era incompatível com a sua permanência no BE, além de estar também «farto do aparelhismo» no BE, «aspecto que parece inevitável no crescimento dos partidos».
Salientando que assistiu à dominação do «politicamente correcto», Casquilho considera ainda que «há um velho problema na esquerda (radical) que não se ultrapassa: a uma linguagem de inclusão tende a opor-se uma prática de exclusão. Parece que o Bloco está bloqueado por uma inevitabilidade dialéctica ligada ao seu nome. Pena que não se tenha chamado Mosaico de Esquerda e talvez o presente e o futuro fossem diferentes.»
Entretanto, também Joana Amaral Dias voltará a participar nos encontros daquele órgão, depois de ter exercido as funções de mandatária para a juventude da candidatura a Belém de Mário Soares.
Instada a comentar uma notícia do Semanário, que dava conta da eventual saída de Louçã do cargo de coordenador do BE, a dirigente afirmou que a «renovação é salutar», notando que o deputado «não pode eternizar-se» naquelas funções. «Mais cedo ou mais tarde tem de haver essa discussão», apontou.
Contactado pelo Público, Louçã desmentiu a notícia do seu afastamento e não quis adiantar se vai recandidatar-se às funções de coordenador geral."
Kaiser (retirado do diário digital /sapo )
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