terça-feira, fevereiro 07, 2006

Reflexão Semanal


Grávidas vão poder decidir qual a maternidade onde querem ter os bebés.
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4 Commentários:

Anonymous Anónimo disse...

..."Curiosidade"..
-Quantas maternidades há no nosso Concelho?
-Quantas maternidades há no nosso Distrito?
...se forem as que eu penso...quem é a única beneficiada?..a classe média alta e a alta.
Imaginam uma mulher, que tem como fonte de rendimento , o ordenado mínimo, a chegar ao seu médico e dizer: quero ter o meu filho(a) na Maternidade Bissaya Barreto em Coimbra...Imaginam??
Kaiser

quinta fev. 09, 06:34:00 da tarde 2006  
Anonymous Anónimo disse...

Metade da gente do Mundo...

Metade da gente do mundo ama a outra metade,
metade da gente odeia a outra metade.
Por causa desta e daquela metade terei eu de vaguear
e me transformar incessantemente como chuva no seu ciclo,
terei eu de dormir entre rochas, tornar-me áspero
como os troncos das oliveiras,
e ouvir a lua uivar para mim,
e camuflar o meu amor com receios,
e brotar como erva assustada entre os carris
do caminho de ferro,
e viver submerso como uma toupeira,
e quedar-me com raízes mas sem ramos,
e não sentir a minha face contra a face de anjos, e
amar na primeira caverna, e casar com a minha mulher
sob uma abóbada de vigas que sustentam a Terra,
e expressar a minha morte, sempre até ao último sopro e
às últimas palavras e sem nunca compreender,
e colocar mastros sobre o telhado da minha casa
e um abrigo antiaéreo debaixo dela.
E ir apenas para regressar e passar por todos os lugares –
gato, pau, fogo, talhante, entre o cabrito e o anjo da morte?
Metade da gente ama,
metade da gente odeia.
E qual é o meu lugar entre tais iguais metades,
e por que fenda verei eu o bairro de casas
brancas dos meus sonhos e as pegadas nuas
na areia ou, pelo menos, o lenço da mulher que acena
junto às dunas?

Yehuda Amichai (1924-2000), poeta israelita.

Vamos pensar nisto
Kaiser

quinta fev. 09, 11:07:00 da tarde 2006  
Anonymous Anónimo disse...

TORAH


Jeová achou que era altura de pôr as coisas no seu devido lugar. Lá de cima acenou a Moisés.

Moisés foi logo, tropeçando por vezes nas lajes e evitando o mais possível a sarça ardente.

Quando chegou ao cimo, tiveram os dois uma conferência, cimeira, claro. A primeira, se não estou em erro.

No dia seguinte Moisés desceu. Trazia umas tábuas debaixo do braço. Eram a Lei.

Olhou em volta, viu o seu povo aglomerado, atento, e disse para todos os que estavam à espera:

- Está aqui tudo escrito. Tudo. É assim mesmo e não há qualquer dúvida. Quem não quiser, que se vá embora. Já.

Alguns foram.

Então começou o serviço militar obrigatório e fez-se o primeiro discurso patriótico.

Depois disso, é o que se vê.

MHL

domingo fev. 12, 07:07:00 da tarde 2006  
Anonymous Anónimo disse...

Hão-de desculpar-me , mas tenho andado empenhado na questão da PMA. Sobretudo porque pouco ou nada se ouve sobre ela. Ainda me lembro da telenovela brasileira que se chamava "Barriga de aluguer"... Lembram-se? No fim ficou claro: não é uma solução praticável, os riscos são imensos e a vários níveis.
É claro que a Vida é um dom. Se não fosse, não se explicaria a infertilidade natural. Mas será que estamos dispostos a reconhecer isto? Não consigo imaginar uma civilização em que se pode ir a um "supermercado de filhos", para usar uma expressão do Bastonário da Ordem dos Advogados, bem a propósito. Ou porventura uma cultura em que se oferecem filhos, de presente de Natal àquele casal amigo que queria tanto ter um filho...
Um filho é fruto de uma entrega livre e amorosa entre um homem e uma mulher, um filho precisa desta entrega e deste amor para crescer: a natureza não está errada neste ponto! Ou então todos nós somos um"erro"! Para quê contrariá-la? Nem o direito, nem a ética nem a ciência fazem sentido se não fôr para proteger e promover a Vida, em todas as suas fases e estágios.
Só mais um palpite para ajudar a uma reflexão: a posição da Igreja pode parecer radical ao não aceitar nenhum tipo de Procriação Medicamente Assistida, mas radica numa dicotomia fundamental: uma coisa é o direito à vida (que deve ser protegido) outra coisa - diferente - é o direito a ter um filho. Ora este direito não existe. Será que os deputados na AR se vão lembrar disto? Assusta-me pensar nas consequências de uma eventual protecção desse "direito"...
Amigos: enquanto não há uma lei, cada um é responsável por si, fará o que entender e terá a sua consciência como juiz dos seus actos. Depois de aprovada a lei, vamos ser TODOS responsáveis! Não hesitem em se informar, divulgar, tomar posição, etc.
Kaiser

sexta fev. 24, 04:07:00 da tarde 2006  

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